segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Capítulo 2


Explicações



     Era estranho, porque eu sentia-me a acordar mas não conseguia encontrar o meu corpo. Que coisa mais bizarra. Porque era como se o meu corpo fosse feito de pedra.
            Ao fim de algum tempo consegui abrir os olhos e pestanejar. À minha volta era tudo branco e celestial. Onde é que eu estava? E parecia-me que estava a flutuar… a flutuar no vazio? Não. Havia algo extremamente quente junto ao meu corpo. Algo que se mexia, como se estivesse em andamento…
            Estava a correr. E a zona quente era onde o braço do meu melhor amigo se enrolava no meu corpo. Levantei o olhar e fixei-o em Ryan, estupefacta. O que é que ele fazia ali? Por que é que me estava a levar ao colo?
            Depois arrepiei-me com uma rajada de vento mais forte.    
            - Kiara! - Exclamou ele, parecendo muito mais aliviado.
            Voltei a olhar para lá dele. Estávamos no bosque nevado. Provavelmente ele ia a correr em direcção ao castelo. Mas o que tinha acontecido? E depois a dor atingiu-me nos pulmões e descobri que não era apenas aí que sentia ardor, mas no corpo todo. Ofeguei para conseguir respirar em condições.
            - Pregaste-nos um susto enorme! Onde é que tinhas a cabeça para fazeres isto?! - Ralhou.
            Mas eu não conseguia ligar às resmunguices dele. Sentia demasiado frio. Aconcheguei-me melhor nos braços quentes de Ryan e tornei a fechar os olhos. Ele levava-me ao colo com uma facilidade quase inacreditável.
            - Não feches os olhos. Não quero que desmaies outra vez. - Murmurou ele, em voz muito baixa.
            Esforcei-me por obedecer ao seu pedido. Os meus dentes tremiam sem parar. Sentia-me a descongelar, tudo à minha volta era extremamente frio, excepto Ryan.
            Quando chegámos à escadaria de basalto que dava acesso às portas de entrada do castelo, ouvi-o a dizer aos dois guardas que nos deixassem passar, e o ar tornou-se subitamente mais quente. A diferença de ambiente foi tão brusca que me fez estremecer. Ele continuou a correr comigo até ao salão de refeições, e daí passou para a Sala de Convívio. Eu via tudo à roda e não conseguia pensar em condições.
            - Sophie, Niza! Encontrei-a! - Gritou Ryan.
            As vozes alvoraçadas das minhas duas amigas despertaram-me a atenção, por parecerem tão preocupadas comigo.
            - Onde é que ela estava?
            - Bastante longe do castelo, numa pequena clareira com uma árvore no meio…
            - Ah, sim, claro! Como é que não me lembrei logo? Essa clareira é o lugar preferido dela aqui no colégio! - Suspirou Niza.
            Ryan pousou-me cuidadosamente no sofá, deitando-me ao comprido, e depois Sophie correu para me ir buscar umas mantas, enquanto eu tentava parar de tremer como varas verdes.
            - Onde é que se enfiou o Chris? - Perguntou Niza, acocorando-se ao meu lado e tirando-me o cabelo da testa.
            - Não sei, mas agora não vou sair daqui enquanto ela não melhorar. - Teimou Ryan com convicção.
            - Está bem… Kiara, estás a ouvir-me? - A voz de Nisa voltara a ficar apreensiva.
            - Estou. - Balbuciei.
            - Por que é que foste para tão longe? Estava demasiado frio!
            - Eu tinha… de falar… com o Chris… - Gaguejei.
            - Pois, mas não tinha de ser ali! Sinceramente…
            Agarrou nas minhas mãos e friccionou-as junto às suas para que estas aquecessem. Eu fechei os olhos. Sentia-me cansada e queria mesmo muito dormir outra vez. Não queria ter de encarar todos os problemas à minha volta.
            - Ela estava desmaiada e quase completamente coberta de neve quando a encontrei. - Explicou Ryan, sentando-se na poltrona ao lado do sofá onde eu estava deitada.
            - Oh meu deus… o Chris vai ouvir das boas! - Vociferou Niza.
            Sophie chegou nesse momento com três mantas de lã que colocou sobre mim. Niza ajudou-me a enrolar-me melhor nelas e comecei a sentir os dedos dos pés e das mãos a recuperarem o movimento. Estava a descongelar, ainda que muito lentamente.
            - Ela está melhor? - Perguntou Sophie ansiosamente.           
            - Acho que sim… mas seria melhor beber um chocolate quente, e depressa. - Sugeriu Ryan.
            Niza levantou-se rapidamente.
            - Vou buscar um. Fica aqui com ela. - Acrescentou para Sophie.
            Sophie tomou o lugar de Niza quando esta se lançou numa corrida apressada para fora da Sala de Convívio, em direcção ao refeitório. Mantive os olhos fechados enquanto abria e fechava os dedos para que estes descongelassem.
            - Pareces uma princesa de gelo, sabias? - Sorriu Sophie.
            - Isso é suposto ser um elogio?
            - Claro que é!
            - Então obrigada. - Murmurei, esforçando-me por sorrir.
            Ela pousou as mãos quentes nos meus ombros e o calor do seu corpo foi passado para o meu em pequenas quantidades. Niza voltou com uma caneca cheia de chocolate quente. Acocorou-se ao lado de Sophie e passou-ma, sempre com um ar de mãe atormentada pelo estado da filha.
            - Toma, bebe isto, vai ajudar.
            Fiz um esforço descomunal para me sentar no sofá - todos os meus músculos estavam doridos e protestavam com o movimento - e peguei na caneca, embora as minhas mãos tremessem imenso. Levei o líquido quente à boca e queimei a língua, arrepiando-me logo de seguida.
            - Vá lá Kiara, isso vai ajudar a descongelar-te.
            Assenti perante o conselho de Ryan e fui dando pequenos golinhos no chocolate quente. Os meus três amigos ficaram ali comigo, em silêncio, enquanto eu recuperava a cor rosada e o movimento do corpo. Quando já me sentia mais forte, fui capaz de falar em condições.
            - O Peter?
            Sophie e Niza entreolharam-se com preocupação.
            - Nós contámos-lhe o que se tinha passado. Ele não está nada contente com a situação, claro, mas acho que quando te vir e falar contigo vai perdoar-te. Pelo menos nós esperamos por isso.
            - O Chris não me perdoou. - Murmurei.
            E ao lembrar-me do que tinha acontecido senti vontade de chorar, mas os meus canais lacrimais deviam ter ficado demasiado enregelados e já nem produziam lágrimas.
            - Queres que o vamos chamar? - Sugeriu Ryan.
            - Sim… por favor…
            Sophie desapareceu de pé de mim em poucos segundos, movendo-se quase tão depressa como um fantasma enquanto corria para fora da Sala de Convívio a fim de encontrar Chris. E eu nem sabia se ele me queria ver à frente, mas tentei não pensar nisso.
            - O chocolate quente está bom? - Perguntou Niza.
            - Está… obrigada…
            Acabei de beber o conteúdo da caneca no momento exacto em que Sophie voltava com Chris ao seu lado e se aproximavam do sofá onde eu estava sentada. Nem ousei olhar directamente para Chris; tinha medo de ainda ver vestígios de raiva nos seus olhos.
            Mas o que ele fez surpreendeu-me.
            Chris sentou-se ao meu lado no sofá e compôs as mantas em meu redor para que eu descongelasse mais depressa. Depois enrolou os braços em volta do meu corpo e apertou-me contra o seu peito quente, aquecendo-me. Eu suspirei de alívio e fechei os olhos.
            Foi mais fácil libertar-me com ele junto a mim.
            Durante os primeiros minutos ninguém disse o que quer que fosse e um silêncio sepulcral parecia ter-se instalado na Sala de Convívio. Mas depois Sophie tirou-me a caneca vazia das mãos e levantou-se do outro sofá.
            - Vou devolver isto.
            E correu para fora da sala. Ryan sentou-se mais confortavelmente na poltrona e Niza ocupou o sofá ao lado do meu, enquanto Chris me embalava lentamente e me aquecia.
            - Onde está o Peter? - Perguntou Niza ao Chris.
            - Deve estar no quarto. Eu não lhe disse que vinha para aqui.
            - Vocês os dois não conseguem ver o mal que lhe estão a fazer? - Resmungou Niza, inclinando a cabeça na minha direcção.
            - E tu não consegues lembrar-te do que ela já fez?
            Aquilo atingiu-me como uma facada no peito mas esforcei-me por continuar a respirar.
            - Não foi ela! Foi a Kalissa. E é contra essa demónia que temos de nos unir neste momento. - Replicou Sophie, que estava de volta.
            Sorri ao ouvi-la usar o mesmo nome que eu quando queria chamar Kalissa. Demónia. Era realmente apropriado.
            Chris deixou-me encostar a cabeça à curva entre o seu ombro e o seu pescoço, que estava bastante quente, e eu senti-me melhor ali.
            Ficámos em silêncio, enquanto eu ouvia o coração do meu amor a bater calmamente. Senti-me a entrar num estado de dormência e os meus olhos tornaram a fechar-se. Ia mesmo adormecer quando uma nova voz chegou até aos meus ouvidos.
            - O que é que se passa aqui?
            Queria abrir os olhos para responder a Peter mas não tive forças para isso, pelo que foi Niza a explicar-lhe.
            - A Kiara e o Chris foram lá para fora, para o bosque, falar e devem ter discutido e o teu amigo deixou-a sozinha a congelar caída na neve!
            Eu podia imaginar o olhar enervado que Niza deitou a Chris, mas ele não lhe respondeu mal.
            - Ela estava de pé quando eu a deixei. - Respondeu, encolhendo os ombros como se não fosse nada com ele.
            - E depois elas pediram-me que fosse procurar a Kiara porque estava a ficar tarde e ela nunca mais voltava. E eu encontrei-a, muito longe daqui, desmaiada e coberta de neve. Havias de a ter visto, Peter… agora estamos aqui a ver se ela descongela. - Resumiu Ryan.
            Suspirei e abri finalmente os olhos. Peter parecia dividido nos seus sentimentos: por um lado queria perdoar-me e sentar-se ao lado de Niza enquanto esperava que eu recuperasse. Por outro lado, queria dar a imagem de macho forte que nunca dá o braço a torcer, por isso continuaria chateado comigo.
            - Peter… desculpa. - Murmurei.
            Ele assentiu com a cabeça e foi sentar-se ao lado de Niza, fazendo-me sorrir. Estava a conseguir ganhar a confiança deles, novamente, e isso era o melhor que me podiam dar naquele momento.
            Mas claro que algo tinha de interromper o momento de reconciliação com o meu grupo.
            Eu estava prestes a começar a explicar o meu segredo a Peter quando uma voz mais forte e agressiva me chegou aos ouvidos, vinda de trás do sofá.
            - Kiara?!
            Eu reconhecia aquela voz. Por isso fiz um esforço para rodar a cabeça e olhar para Brand, que estava pasmado ao ver-me nos braços de Chris.
            - Brand… espera… - Sussurrei.
            A minha voz saía terrivelmente mal. Apoiei-me no ombro de Chris para me conseguir levantar, e ao ver-me cambalear para a frente, Brand correu até mim e suportou o peso do meu corpo dos seus braços. Só que Chris também me estava a agarrar por trás e ficámos os três ali, sem jeito nenhum, enquanto eles decidiam se haviam de se matar já ou não.
            - Brand, eu tenho de te explicar uma coisa. - Sussurrei ao ouvido dele.
            Brand arrancou-me dos braços de Chris e afastou-se alguns passos comigo presa nos seus braços. Não que me apetecesse estar lá. Não queria mesmo. Mas também não queria nada que ele se passasse e que começasse a lutar com Chris.
            - O que é que te deu? Por que é que estás assim? - Perguntou Brand, enervado.
            - Desmaiei lá fora no bosque. E estou a descongelar, tem calma.
            Ele abraçou-me com força, o que não deixou Chris nada contente. Eu era capaz de o ouvir a expirar furiosamente atrás de mim.
            - Tem calma. O Brand ainda não sabe o que se passa. - Disse Niza.
            - Não sei o quê?
            - Aquilo que te vou explicar. Senta-te aqui comigo, por favor. - Pedi baixinho, puxando-o comigo até um dos sofás do grupo.
            Brand sentou-se lá comigo e eu encostei-me a ele, pois estava suficientemente quente para que eu não precisasse de cobertores.
            - Brand… eu disse-te que algo estava errado, esta manhã, quando saí do quarto, certo?
            - Sim.
            - Então eu vou explicar-te o que aconteceu.
            - Começa a falar, já não estou a gostar nada desta situação.
            Suspirei e depois resumi-lhe a história da trapalhada toda de Kalissa, tal como tinha feito para os meus amigos. No fim, Brand ficou a olhar para mim com o ar mais aparvalhado do mundo, sem querer acreditar.
            - Estás a gozar comigo?!
            - Antes estivesse…
            - Como é que tiveste coragem de esconder isto?
            - Eu já te expliquei que estava a tentar proteger-vos.
            - Eu sei defender-me sozinho! - Rugiu ele, furioso.
            - Tem lá calma! Ela não está bem. Não grites com ela. - Interpôs-se Ryan, levantando-se da poltrona com ar ameaçador.
            - Não gritem, vá lá. Dói-me imenso a cabeça. - Implorei.
            Ryan sentou-se novamente e a calma voltou, mais ou menos. Brand embalou-me para me aquecer e eu senti que já estava quase totalmente recuperada.
            - Então isso quer dizer… que eu não gosto de ti, mas sim da Kalissa?
            - Sim… é basicamente isso. Mas tu gostas mesmo dela?
            - Caramba, sim! Eu deixei a Mariah por causa dela!
            Assenti. Essa era outra com quem eu teria de lidar mais tarde.
            Há três semanas atrás, Brand e Mariah eram o casal mais importante do 11º ano, como se fossem os "Reis". Ele era o atleta mais importante e ela a Chefe da Claque. Só que Kalissa não podia ver ninguém feliz e arranjara logo maneira de separar aqueles dois. Acabara por ficar com Brand e ainda destruíra a alegria de Mariah. Eu nem queria imaginar o ódio que ela me teria neste momento…
            - Como é que está a Mariah? Lamento pelo que a Kalissa lhe fez…
            - Eu não quero saber da Mariah. Ela já não é ninguém. - Brand encolheu os ombros despreocupadamente.
            Apeteceu-me dar-lhe um estalo. Só porque acabava o namoro com ela achava que a rapariga passara a ser ninguém? Brand era o típico desportista de colégio: convencido, autoritário e capaz de ser mais insensível ainda do que aparenta.
            - Como assim? - Perguntei.
            - Então, a Kalissa agora é a nova Chefe da Claque, e a Mariah nem sequer faz parte da Claque neste momento. As amigas dela já nem lhe ligam nenhuma. Acho que ela está meia maluca neste momento.
            Oh não…
            Então Kalissa sempre tinha atingido o seu objectivo. E eu sabia que ela tinha um plano qualquer para acabar com a felicidade de Mariah, só nunca pensei que chegasse àquele ponto.
            - A Mariah deve odiar-me. - Murmurei.
            - Não te preocupes com ela. Está apenas a provar do seu veneno. Ela nunca foi boa para ninguém, Kiara! É a paga por tudo o que tem andando a fazer durante estes anos. - Disse Sophie.
            - Mesmo assim! Isto é tudo culpa da Kalissa!
            - Não te preocupes com ela neste momento. Tens situações bem mais importantes entre mãos. - Lembrou Ryan.
            Pois. E uma delas era fazer com que Brand me libertasse e me deixasse voltar para os braços de Chris.
            - Por isso, como podes entender, tu não estás a lidar com a tua namorada neste momento. Agora eu sou a Kiara.
            - Quando é que a Kalissa volta? - Perguntou Brand, ansioso.
            Revirei os olhos mas Niza foi menos calma a responder.
            - "Quando é que ela volta"?! Ouve lá, ela não devia voltar nunca, entendes? Essa Kalissa só existe para trazer a desgraça à vida de toda a gente à sua volta! Não sei como podes gostar dela!
            - Calma Niza. Não gastes a tua saliva com ele. - Respondeu Sophie, com ar superior, lançando o cabelo para trás do ombro.
            Brand calou-se e voltou a fixar o olhar em mim.
            - Ela vem ter comigo quando… conseguir voltar ao controlo?
            - Muito provavelmente.
            - Hum…
            - Mas Brand, eu se fosse a ti afastava-me dela. A Kalissa também vai arranjar uma maneira de te complicar a vida, tenho a certeza.
            - Ela gosta de mim. - Respondeu ele de modo autoritário.
            - Oh sim, como se ela tivesse capacidade para gostar de alguém. - Rosnou Chris, furioso.
            Eu estava farta daquilo tudo, de todas as rivalidades. Sentia-me doente e a dor de cabeça era tão forte que nem me deixava pensar em condições. Precisava de tomar um comprimido e bem depressa.
            Comprimidos…
            Lembrei-me subitamente que Kalissa se drogava. Talvez o meu corpo estivesse a pedir uma nova dose e eu não me tinha apercebido disso.
            - Brand… a Kalissa droga-se, não é? - Perguntei baixinho.
            - Sim, comigo e com o Allan e os outros.
            - Pois. Eu acho que… estou a precisar de um comprimido qualquer…
            Nem acredito que disse aquilo. Não queria tê-lo dito, por isso nem tive coragem para olhar para as caras aterrorizadas dos meus amigos, e principalmente de Chris, que deveria estar muito chocado comigo naquele momento.
            - OK, queres que te vá buscar um? Os efeitos já devem estar a passar.
            - Quando é que te drogaste a última vez? - Perguntou Niza, de olhos arregalados.
            - Esta manhã, antes de sair do quarto do Brand.
            - Pois… eu não percebo muito do assunto, mas acho que o teu corpo já chegou à fase da dependência da droga e por isso precisas de tomar qualquer coisa, e bem depressa.
            - Não. 
            O rugido furioso de Chris fez-me finalmente olhar para ele. Chris tinha-se levantado e as suas mãos estavam cerradas em punhos, o seu rosto contraído pela exaltação.
            - Ela não se vai drogar mais! Tens de parar com isso!
            - Ela não pode parar com a droga de um momento para o outro, ou vai ficar mesmo doente. - Explicou Peter.
            - Não quero saber, vamos arranjar ajuda, mas ela vai sair da droga!
            Brand levantou-se e encarou Chris.
            - Acho que ela é que tem de decidir isso.
            E eu senti que eles estavam prestes a atirar-se um ao outro, senti uma necessidade louca de impedir que isso acontecesse. Usei as minhas últimas forças para me pôr de pé e colocar entre eles os dois.
            - Parem com isso. Não posso contar só com a minha opinião. Eu nunca posso pensar só por mim. Kalissa também tem algo a dizer sobre este assunto. E ela vai fazer o que quiser quando despertar.
            E isso parecia ir acontecer naquele preciso momento.
            As minhas pernas falharam e eu senti-me a cair. Nem Chris nem Brand foram suficientemente rápidos para me ampararem quando eu caí ao chão, batendo com a cabeça no tapete. E perdi os sentidos nesse momento.




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